Profético – Isaías

Autor: Isaías — O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O nome “Isaías” significa “O SENHOR é Salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quaro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome também aparece doze vezes em II Reis e quatro vezes em II Crônicas. O Livro de Isaías é citado diretamente no NT vinte e uma vezes sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Argumentos diversos favorecem a autoria única:

  1. Palavras–chave e frases-chave estão igualmente distribuídas através de todo o livro;
  2. Referências à paisagem e as cores locais são uniformes.

A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos de Isaías pode ser explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.

A Data

700 – 690 a.C.

O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 a.C. (Is 6.1, 8). Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a ultima década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 a.C. (Is 37.37-38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hb 11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e oca capítulos posteriores, após a sua retirada da vida pública. Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 a.C., o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.

O Contexto Histórico

Isaías profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas, gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (Is 3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados que queriam agradar os homens (Is 5.7-12; Is 18-23; Is 22.12-14). Embora estivesse para vir mais uma avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609 a.C.), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia sido tão inteiramente violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel. Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As forças europeias ainda não estavam preparada para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para além de sua fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 a.C..

O Cristo Revelado

Depois de sua ressurreição, Jesus caminhava com dois de seus discípulos e “explicava-lhes o que dele se achava em todas a Escrituras” (Lc 24.27). Para fazer isso, ele deve ter extraído muita coisa do Livro de Isaías, porque dezessete capítulos contém referências proféticas a Cristo. Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei, Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro de Deus, Líder e Comandante, Redentor e Ungido”. O Cap. 53 é o grande capítulo do AT que profetiza a obra expiatória do Messias. Nenhum texto em ambos os testamentos expõem de um modo tão completo o propósito da morte vicária de Cristo na cruz. Ele é citado diretamente nove ou dez vezes por escritores do NT: Isaías 52.15 (Rm 15.21); Isaías 53.1 (Jo 12.38; Rm 10.16); Isaías 53.4 (Mt 8.17); Isaías 53.5 (Rm 4.25; I Pe 2.24); Isaías 53.7-8 (At 8.32-33); Isaías 53.9 (I Pe 2.22); Isaías 53.10 (I Cor 15.3-4); Isaías 53.12 (Lc 22.37). Também existem muitos cumprimentos de detalhes no capítulo 53 em adição às citações diretas.

O Espírito Santo em Ação

O Espírito Santo é mencionado especificamente quinze vezes, sem contar as referências ao poder, efeito ou influência do Espírito que não citam seu nome. Há três categorias gerais sob as quais a obra do Espírito Santo pode ser descrita: A unção do Espírito sobre o Messias para fortalecê-lo, para seu domínio e governo como Rei no trono de Davi (Is 11.1-12); como o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer cura, libertação, iluminação e justiça às nações (Is 42.1-9); como o Ungido (Messias) em seus dois adventos (Is 61.1-3; Lc 4.17-21). O derramamento do Espírito sobre Israel para lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme o padrão do Êxodo (Is 44.1-5; Is 63.1-5), para protegê-los de seus inimigos (Is 59.19) e para preservar Israel em relacionamento de concerto com o SENHOR (Is 59.21). Entretanto, Israel deve ser cuidadoso para não se rebelar e contristar o Espírito Santo (Is 63.10; Ef 4.30). A operação do Espírito Santo na criação e na preservação da natureza (Is 40.30; Is 48.16). O Senhor Jesus, que teve seu ministério terreno realizado no poder e unção do Espírito Santo, como Isaías havia profetizado, prometeu derramar seu Espírito sobre a Igreja, pra fortalecê-la para o ministério no cumprimento da Grande Comissão.

Esboço de Isaías

1.1 – 35.10 – Profecia de denúncia e convite – Parte I

  • 1.1 – 6.13 – Mensagem de Julgamento e promessas
  • 7.1 – 12.6 – Mensagem concernentes ao Emanuel
  • 13.1 – 24.23 – Mensagem de Julgamento sobre as nações
  • 25.1 – 27.13 – Mensagem de Julgamento, louvor, promessa
  • 28.1 – 33.24 – Os infortúnios dos descrentes imorais em Israel
  • 34.1 – 35.10 – Resumo

36.1 – 39.8 – O procedimento de Deus com Ezequias

  • 36.1 – 37.38 – Deus liberta Judá
  • 38.1-22 – Deus cura Ezequias
  • 39.1-8 – Deus censura Ezequias

40.1 – 66.24 – Profecia de consolo e paz – Parte II

  • 40.1 – 48.22 – A garantia de consolo e paz
  • 49.1 – 57.21 – O Servo do Senhor, o Autor do consolo e da paz
  • 58.1 – 66.24 – A realização do consolo e da paz

Fonte: Bíblia Plenitude

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