As Condições do Discipulado

Como na conversão, o discipulado consiste em seguir a Pessoa de Jesusnão um sistema, nem qualquer organização, nem um conjunto de ensinamentos ou qualquer outra pessoa, mas um Homem somente: O Senhor Jesus” (Stephen Kaung).

O Salvador não está procurando homens e mulheres que lhes doem apenas as noites de folga, os fins de semana ou os anos da aposentadoria. Em vez disso, ele busca aqueles que lhe darão o primeiro lugar de suas vidas. Ele busca não as multidões vagando sem objetivo pelos caminhos de Deus, mas homens e mulheres individualmente, pessoas cuja lealdade eterna surgiu a partir de seu reconhecimento de que o Senhor deseja aqueles que estão preparados para seguir o caminho da renuncia de si mesmos, uma rota que o próprio Senhor trilhou antes deles.

A resposta adequada ao sacrifício do Senhor no Calvário não pode ser nada menos que uma rendição incondicional. Amor tão maravilhoso e tão divino jamais se satisfaria com menos do que nossa alma, nossa vida, nosso tudo.

Aqui estão as condições do discipulado conforme apresentadas por Jesus:

1. Um amor supremo por Jesus

“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26).

Somente quando estamos dispostos a abrir mão de nossa própria vida em favor de Jesus é que estaremos numa situação que agrada ao Senhor.

2. A negação de si mesmo

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mateus 16:24).

Negar-se a si mesmo significa tão completa submissão ao senhorio de Cristo que o ego não tem nenhum direito ou autoridade.

3. Uma escolha deliberada pela cruz

“E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mateus 10:38).

A cruz simboliza a vergonha, a perseguição e o abuso que o mundo lançará sobre todo aquele que optar por seguir contra o seu curso. É um caminho que, no que tange a este mundo, é de desonra e desprezo. Após sua encarnação, Jesus não foi à cruz aos 33 anos de idade, Ele passou 33 anos na cruz. E é esta a vida de seus reais seguidores.

4. Uma vida gasta em seguir a Cristo

“E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lucas 9:62) “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mateus 16:24).

A vida de Jesus foi de uma total obediência à vontade do Pai. Se quisermos ser seus discípulos, precisamos andar como ele andou (I João 2:6).

5. Um amor fervente por todos aqueles que pertencem a Cristo

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).

É o amor paciente, bondoso, que não se vangloria e nem se orgulha, não procura seus interesses. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Coríntios 13: 4-7).

6. Uma inabalável firmeza na Palavra de Deus

“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8: 31-32).

Cristo deseja aqueles que o sigam em obediência constante, sem questionamentos.

7. Abandonar tudo para segui-lo

“Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:33).

Talvez seja a mais impopular de todas as condições do discipulado. George Muller disse: “Que tristeza será um servo que procura ser rico, grande e honrado neste mundo onde seu Senhor foi pobre, inferior e desprezado”.

Jesus disse que se alguém buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, nunca terá falta de alimento e vestuário (Mateus 6:33). É o viver pela fé que Ele ensinou no sermão do monte (Mateus 6:19-34 e 7:24-27), em que exortou a não sermos apenas ouvintes, mas praticantes.

Ele não disse que podemos viver um tipo diluído de discipulado se não conseguirmos renunciar a tudo… mas “qualquer de vós que não renunciar a tudo quanto tem… não pode ser meu discípulo”.

William MacDonald – 07.01.1917 – 25.12.2007. – Nasceu numa família Escocesa temente a Deus, em Leominster, Massachusetts, (EUA). Viveu na California, EUA, onde desenvolveu seu ministério. A sua família moveu-se pouco depois para a “Ilha de Lewis” na Escócia mas, após um curto período ali, regressou aos EUA, onde ele frequentou a Universidade de Tufts. Fez depois o Mestrado em Administração Empresarial na Universidade de Harvard. Converteu-se na sua juventude com 18 anos, tendo-se dedicado totalmente à obra do Senhor, abrindo mão de uma promissora carreira bancária, deixando-a aos pés da cruz. Durante mais de setenta anos, ele palestrou sobre questões chave do Cristianismo em termos claros e simples. As suas obras literárias são caracterizadas por uma apresentação viva e ousada da verdade. Sua ênfase era de ressaltar com clareza e objetividade os ensinamentos bíblicos para a vida cristã, tanto nas suas pregações como através de mais de oitenta livros que escreveu.

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